Biblioteca da Academia Nacional de Belas-Artes reabre após 20 anos

Numa primeira fase, o acesso é feito por marcação, dando prioridade aos investigadores.

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Natália Correia Guedes é a nova presidente da academia

Em declarações à agência Lusa, após uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para apresentação de cumprimentos, a nova presidente da Academia, Natália Correia Guedes, indicou que o espaço reabriu ao público na segunda-feira, ainda num acesso sujeito a marcação.

"Esteve encerrada 20 anos, porque não tinha condições para funcionar. Agora reabrimos ao público numa primeira fase, de forma condicionada, por marcação, e dando prioridade aos investigadores de âmbito académico", indicou a responsável.

A biblioteca histórica foi criada na mesma altura da Academia Nacional de Belas-Artes, em 1836, e instalada no antigo Convento de São Francisco, em Lisboa, onde ainda funciona, reunindo "uma das melhores colecções de livros de arte do país".

No seu acervo estão livros que vão desde o século XVI ao século XIX, cujos autores foram uma referência para o ensino artístico europeu, nomeadamente Vitrúvio, Alberti, Vignola, Palladio, Winckelmann e Vasari.

A biblioteca possui ainda fundos documentais provenientes da Irmandade de São Lucas, dos escultores Machado de Castro e Cirilo Volkmar Machado, e espólios doados por académicos, como os arquitectos Jorge Segurado, Fernando Batalha e José Cortez.

A ANBA, que celebra 180 anos de existência em 2016, é a sucessora das extintas Academia Real de Belas-Artes e Academia Portuguesa de Belas-Artes, e tem como missão a promoção e desenvolvimento de trabalhos de investigação e estudos na área da historiografia da arte portuguesa.

Anteriormente dependente do extinto Ministério da Cultura, a Academia Nacional de Belas-Artes passou para a tutela da Presidência do Conselho de Ministros, em 2011.