Os critérios “sigilo/inviolabilidade da correspondência”, o “cumprimento dos prazos publicitados de entrega” e “o preço” estão entre os que reúnem maior grau de satisfação, refere a Anacom. Nos resultados do inquérito que abrangeu 1340 entrevistas destacam-se ainda o “correio entregue sem danos” e o “desempenho do pessoal de atendimento”.

Pela negativa, os clientes dos correios destacaram a demora no atendimento. Em média, o tempo de espera percepcionado pelos utilizadores de estações e postos de correio dos CTT foi de cerca de 14 e 13 minutos, respectivamente, valores superiores aos verificados no inquérito de 2012. Este é “um dos aspectos que gera maior insatisfação aos utilizadores”, diz a Anacom. O inquérito também concluiu que os inquiridos mostraram “um elevado grau de desconhecimento sobre a disponibilidade de bens e serviços menos tradicionais” nas estações e postos dos correios.

O “envio/recebimento de correio registado” foi o serviço de correio mais usado pelos consumidores (41,6%), seguindo-se o “envio/recebimento de encomendas” e o “envio de correspondência (normal, azul, verde ou expresso)”. Os objetos enviados por mais utilizadores foram as correspondências (27%), seguindo-se as encomendas (13%) e o correio expresso (2%). As estações de correio fixas foram utilizadas por 52% dos indivíduos, acrescentou a Anacom.

Entre os inquiridos receptores de correspondências ou encomendas, cerca de 87% têm a percepção que as entregas de correio na sua zona de residência são diárias. Cerca de 3% dos inquiridos afirmou preferir que a distribuição fosse efectuada mais do que uma vez por dia. Mas também há quem considere (13% dos inquiridos) “que, de acordo com as suas necessidades, a frequência de distribuição do correio podia ser mais espaçada, de dois em dois dias ou mesmo mais”, diz a Anacom.

Em matéria de regularidade da entrega de correio, a satisfação média é de 8,4 pontos, em dez, abaixo do resultado do inquérito de 2012, que foi de 8,6, refere o regulador.

O inquérito revelou ainda que 58,5% dos indivíduos utilizadores de internet não efectuaram compras ou encomendas online em 2014 e que mais de metade dos que as fizeram indicou que pelo menos uma foi entregue no domicílio ou no local de trabalho pelos CTT (50,5%) ou por outro prestador de serviços postais (17,3%). Cerca de 20,4% fizeram compras online que não implicaram entrega física, como bilhetes para espectáculos ou descargas electrónicas de música e livros, e 24,2% dos indivíduos levantaram as suas encomendas nos estabelecimentos postais.