Sem "bullshitadas"!

Quanto mais evoluímos, menos paciência temos para as "bullshitadas" deste mundo e os treteiros deste planeta

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fotosderianxo

Pestanejo, para ficar acordado. Porque é que para ouvir alguém dizer alguma coisa que valha a pena temos tantas vezes de ouvir banalidades que parecem induzidas para nos adormecer, como se nos quisessem anestesiar antes de um orgasmo?

Devorei mais de duzentos livros nas investigações de tendências e de gestão nos últimos oito anos e vi repetir-se uma e outra vez o mesmo fenómeno: grandes ideias e fantásticas experiências são muitas vezes embrulhadas com informação inútil que fazem com que a grande parte de nós não chegue a descobri-las.

O poder do pouco é tão maior do que o que nós sonhamos.

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Pedro Barbosa

A força de dizer apenas o mais importante não tem só o condão de poupar-nos as "bullshitadas" e fazer-nos ganhar tempo: faz-nos concentrar no que importa, priorizar o que é eficaz e enfocar a mensagem para o que tem realmente valor. E tu, és capaz de ouvir alguém dizer o que quer que seja durante 15 minutos, sem estar em "multitasking" no "whatsapp", mail ou "snapchat"? Para nos ter por inteiros a ouvir verdadeiramente, a mensagem deveria ser curta e rápida, para além de disruptiva e certeira.

Quanto mais evoluímos, menos paciência temos para as "bullshitadas" deste mundo e os treteiros deste planeta. Perdoem-me ser tão directo, mas de outra forma não seria eu. Estamos fartos de "fakes" e "wanabees", mas ansiosos por ideias realmente novas, por conceitos diferentes. Estamos desejosos por aprender e descobrir, sem mais perdas de tempo.

Queremos menos palha e mais valor, menos "likes" e mais "lives". Exigimos menos faz de conta e mais "conta-me como o fazes".

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