Investimento na ferrovia bem recebido no Norte e Centro

Responsáveis regionais elogiam compromisso para modernização da Linha do Minho e construção da Linha Aveiro-Salamanca.

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Portugal ainda não sabe quanto receberá da União Europeia para estes investimentos Paulo Pimenta

Do investimento de 2,2 milhões em linhas férreas, 810 milhões serão para o corredor Aveiro-Salamanca, que, para o presidente do Conselho Regional do Centro (CRC), João Azevedo, "vai dar competitividade ao território", atraindo novas empresas. Quer o CRC quer as autarquias da região reclamam, no entanto, do Governo a divulgação do projecto, pois desconhecem se este passará pela "requalificação da Linha da Beira Alta ou pela construção de um novo corredor ferroviário".

No Norte, o Eixo Atlântico congratulou-se também com a notícia, divulgada esta terça-feira pelo Jornal de Negócios, de que o Governo pretende alocar 147 milhões para a requalificação da Linha do Minho, que ligará Porto à Corunha ou, noutra perspectiva, melhorará a conexão de ferroviária de toda a fachada atlântica da península. A Comissão Europeia confirmou a informação aos dirigentes do Eixo Atlântico, que se encontram, nestes dias, em reuniões em Bruxelas com distintas instâncias comunitárias.

A informação da Comissão Europeia e do presidente da Refer foi muito bem recebida pelo Eixo Atlântico, e especialmente pelo vice-presidente Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, que foi, juntamente com José Maria Costa e Miguel Costa Gomes, presidentes das de Viana do Castelo e de Barcelos, respectivamente, um dos dirigentes que mais se envolveram na modernização da linha ferroviária que passa nas suas cidades, numa histórica luta do Eixo Atlântico desde que se anunciou o encerramento da Linha Porto-Vigo, em Julho de 2011.

O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Vázquez Mao, manifestou a sua satisfação. "Uma vez mais, a Comissão Europeia deu-nos razão acerca da importância da linha ferroviária. Ao mesmo tempo, esperamos que esta não seja uma manobra para se alcançar fundos europeus destinados à Linha do Minho, para depois serem desviados para outros pontos do país, como aconteceu no ano passado", insistiu, prometendo, por isso, uma atitude de alerta até o investimento ser realizado.