PJ apreende frota de luxo a suspeitos de burlas
Quatro pessoas detidas por burlar banco em mais de um milhão de euros.
O alvo das burlas seria uma instituição de crédito, onde trabalhava um dos detidos que terá causado ao banco um prejuízo de mais de um milhão de euros nos últimos cinco anos, adianta a Directoria do Norte da PJ num comunicado desta quinta-feira.
O banco não é identificado na nota, adiantando fonte ligada à investigação que o funcionário bancário, um ex-gerente de um balcão, foi entretanto despedido. Entre os detidos está também um advogado, já suspenso pela Ordem dos Advogados e uma promotora bancária. Foi a instituição bancária que apresentou a queixa que esteve na origem desta investigação.
“O grupo criminoso terá, desde o ano de 2010, angariado dezenas de empresas, muitas delas criadas na hora e com recurso a testas de ferro, que solicitavam financiamentos junto da entidade bancária onde trabalhava um dos suspeitos detido e que aprovava tais empréstimos, tendo lesado aquela em mais de um milhão de euros”, informa a polícia.
Após a concessão dos empréstimos, as empresas criadas propositadamente para as burlas iam à falência, inviabilizando o banco de receber o dinheiro que adiantara. Os montantes eram divididos pelos suspeitos.
Os suspeitos, três homens e uma mulher com idades compreendidas entre os 42 e os 65 anos, estão ainda indiciados pelos crimes de falsificação de documentos, associação criminosa, branqueamento de capitais e fraude para obtenção de crédito. Os detidos foram apresentados esta quinta-feira no Tribunal de Santa Maria da Feira para o primeiro interrogatório judicial, mas não são conhecidas ainda as medidas de coacção.