Favorita, com cinco nomeações, Christine and the Queens, recebeu ainda mais dois Victoires, como Intérprete Feminina e Videoclipe do Ano por Saint-Claude. O ano passado foi em grande para a francesa que lançou o álbum Chaleur Humaine e distinguiu-se ainda por inúmeros espectáculos, numa combinação de música, performance, videoarte e fotografia.

Apesar de não ser ainda muito conhecida fora de França, a verdade é que a sua música, algures entre a canção francesa e a pop electrónica, tem condições para se mundializar. “Quero agradecer à Christine, o nome que adoptei para cantar, escrever e dizer coisas que nunca ousaria dizer”, disse a cantora de 26 anos, ironicamente, no discurso de agradecimento. É que Christine é um pseudónimo. Héloise Letissier é o seu verdadeiro nome.  

Do lado masculino, Julien Doré, 32 anos, que lançou há pouco o seu primeiro álbum ao vivo, arrecadou também Victoire para Artista do Ano, tendo no discurso de vitória prestado homenagem a duas figuras da ecologia que, segundo ele, mudaram a sua forma de pensar: o astrofísico Hubert Reeves e o ensaísta Pierre Rabhi.  

As novas gerações foram também premiadas, através do duo The Do, vencedores em Melhor Álbum Rock com Shake, Shook, Shaken. O inglês, a viver em França, Benjamin Clementine, que acabou de lançar o disco At Least For Know, ganhou na categoria de Revelação ao Vivo, o que não surpreende, tal a expressividade emocional sentado ao piano.  

A Melhor Canção Original distinguiu Un jour au mauvais endroit de Calogero e no prémio que destaca o melhor espectáculo musical num contexto de digressão foi galardoado Stromae, que havia sido o grande vencedor do ano passado.

Durante a cerimónia sucederam-se as actuações. Duas delas - Christine an the Queens e Benjamin Clementine - podem ser vistas em baixo.