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Diane Meyer borda fotografias pelas “cicatrizes” de Berlim

Mauer Park
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Foi cruzando a fotografia com o bordado que a americana Diane Meyer reinterpretou de forma inédita a ausência do muro de Berlim. O projecto Berlin surge do interesse da fotógrafa pelo passado histórico da cidade: "Apesar do Muro já ter desaparecido, as cicatrizes ainda são visíveis." Diane começou por fotografar locais que o muro outrora atravessou. Em entrevista ao P3 por e-mail, a autora explica como se desenrola o processo: "Imprimo as imagens digitalmente e bordo directamente na fotografia. O bordado adquire a aparência de pixelização digital. (...) Ao bordar áreas da imagem em forma de pixeis estabeleço comparação entre falhas de memória/esquecimento e a corrupção do ficheiro digital." Diane interessa-se pelo que designa "falhanço da fotografia na preservação da memória ou realidade da experiência vivida", ou seja, acredita que a fotografia assume o papel de cábula enfraquecendo a memória. Diane explora o mesmo conceito a partir da sua história pessoal/familiar em Time I Spent That Might Otherwise Be Forgotten.

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