Avaliação de centros de investigação divulgada este mês, diz Leonor Parreira

Classificações irão repercutir-se no financiamento para despesas de funcionamento que os laboratórios científicos vão ter nos próximos cinco anos.

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Leonor Parreira, secretária de Estado da Ciência, e Nuno Crato, ministro da Ciência Rui Gaudêncio

A secretária de Estado respondia ao pedido do presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) que, no domingo, considerou “desejável” a rápida divulgação das avaliações.

A maioria dos centros de investigação portugueses está dependente da avaliação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia para saberem qual será o seu financiamento para os próximos cinco anos. Candidataram-se 322 unidades de investigação, mas apenas passaram à segunda fase 178 laboratórios e aqueles que vierem agora a ter as melhores classificações têm a possibilidade de financiamento até 400 mil euros por ano.

A avaliação “está a decorrer com tranquilidade e como era suposto”, segundo Leonor Parreira, descartando a possibilidade de uma suspensão ou revisão deste processo, que, na primeira fase de avaliação, levou a várias críticas por parte do CRUP, do Sindicato Nacional do Ensino Superior e cientistas e pelo menos 26 unidades de investigação chumbadas pediram a suspensão do processo.

“Quando se olha para o perfil das unidades que concorreram, estas estão reorganizadas”, havendo unidades novas e fusões de centros de investigação, disse ainda, referindo que o próprio “sistema se reorganizou” e os resultados da avaliação são em função “dessa reorganização”.

A secretária de Estado referiu ainda que “63 unidades ficaram sem financiamento”, quando na avaliação anterior “foram 65”, salientando que as unidades que tiveram entre 14 e 15 valores na primeira avaliação “estão elegíveis para um fundo de reestruturação”.

A secretária de Estado falava à margem do encontro anual do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, tendo discursado na sessão de abertura. Presente na sessão, Paulo Pereira, vice-presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), tutelada pelo Ministério da Ciência, reiterou também que “nos próximos dias” vão ser divulgados “os resultados definitivos” da avaliação, “certamente antes do Natal”: “Não muitos vão receber menos do que esperavam e muitos vão receber mais do que esperavam.”

Paulo Pereira disse ainda que será lançado “um novo concurso para bolsas de doutoramento” no primeiro trimestre de 2015, “para que se iniciem em Outubro", de forma que “as bolsas se iniciem quando se inicia o ano lectivo”, algo que de momento não acontece.