O anúncio em questão foi publicado a 26 de Novembro, numa edição regional do diário Sankei Shimbun e publicitava as obras de Richard Koshimizu, activista e alegado jornalista que defende igualmente que os judeus são responsáveis pelos atentados terroristas do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.

O mesmo autor considera que o Holocausto, a exterminação de judeus na Europa pelos nazis durante a II Guerra Mundia,l é uma "invenção" concebida para justificar o Estado de Israel.

“É extremamente lamentável que os nossos leitores tenham sido alvo de uma publicidade com este conteúdo”, escreve o presidente do Sankei Shimbun, Takamitsu Kumasaka, nas páginas do jornal, pedindo desculpas pelo sucedido aos leitores e à comunidade judaica. "É óbvio que houve uma falha no controlo da nossa publicidade.”

Kumasaka contou ainda ter recebido uma carta de protesto de Abraham Cooper, um responsável do Centro Simon Wiesenthal, organização internacional fundada em 1977 e reconhecida pela ONU, que deve o nome ao mais famoso "caçador de nazis". Tem sede em Los Angeles (Califórnia) e vários centros espalhados pelo mundo.

"O Sankei considera o Holocausto cometido pelos nazis como um crime imperdoável e hediondo", acrescenta ainda o presidente do jornal, esclarecendo que a publicidade em causa foi publicada na sua edição Tokai/Hokuriku, que cobre o centro do Japão e tem uma tiragem de cinco mil exemplares.