Crítica
Cinema
No estúdio está a força
O melhor de Fado Camané está nas imagens de estúdio. É sair dele que limita o filme.
Gostávamos que o filme ficasse lá, dentro do estúdio, com a atenção dirigida para esses micro-acontecimentos. Mais sai demasiadas vezes, duma forma que não nos parece muito bem resolvida, para dar a voz ao comentário, e à introspecção de Camané. Que diz sempre coisas interessantes, não é essa a questão, mas num dispositivo que introduz uma certa facilidade televisiva, quase esquizofrénica perante a força da maior parte das cenas registadas dentro do estúdio e durante o trabalho. Não “anula” o filme, longe, disso, mas limita-o bastante.