A norte-americana The Fader situou-a no epicentro de alguns dos mais promissores projectos musicais de Lisboa e chamou-a "misteriosa" — e o epíteto até assenta. Com a Golden Mist Records, ou seja, com Gonçalo Salgado ("aka" Lake Haze) e Diogo Lima (o homem das noites da editora) já descobrimos o universo electrónico da Lisbon Underground e vamos ouvir os novos EP de Marie Dior ("Constant", com remix de Ivvvo e Lake Haze), Old Manual ("Tropical Hall") e Maxrenn X2 ("Cyborgs & Angels"). Um mundo para descobrir também esta quinta-feira, 13 de Novembro, na terceira festa da Golden Mist no Musicbox, em Lisboa; guiam-nos Chainless, RAP/RAP/RAP, Shcuro e Ana3.
Ninguém vos disse que já não se vive da música?
Já, mas não nos sentimos incluídos nesse grupo, nós vivemos para a música e não dela.
Escolheram o nome da vossa editora numa noitada de scrabble?
Não foi uma escolha — uma escolha implicaria a existência de várias opções e no nosso caso foi a única opção em cima da mesa. O nome surgiu depois de vermos uma instalação do Olafur Eliasson ainda antes de termos a ideia de criar uma editora.
Que bandas de outra editora levariam para uma ilha deserta?
Apenas levaríamos bandas para uma ilha deserta para não ter que as ouvir mais. Contudo, consideramos que existe espaço para todos se expressarem livremente.
A vossa editora tem sotaque?
A editora não, os seus artistas sim.
Quando foi a última vez que encheram os bolsos — e o ego?
Nunca enchemos os bolsos; o ego, todos os dias através do reconhecimento do nosso trabalho.
Um álbum também se come com os olhos. Quem é o verdadeiro artista?
Gonçalo Salgado.
Qual é o melhor sítio para ouvir música?
Não nos queremos comprometer com uma resposta a esta pergunta.
E que tal uma piada seca?
Parece-nos bem. Ficamos à espera.