Os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística nesta quinta-feira e apurados através de inquéritos, mostram um ligeiro aumento de três pontos percentuais face ao ano passado no que diz respeito à adopção destas plataformas. A dimensão da empresa é um factor relevante. Estas ferramentas de comunicação e partilha são usadas por 37% das pequenas empresas, 47% das médias empresas e 61% das que têm mais de 250 funcionários. De fora da análise do INE ficam as micro empresas, que têm menos de dez pessoas.     

Os dados revelam ainda que 13% das empresas com dez ou mais pessoas usam serviços de computação em nuvem e, destas, 36% trabalham com software de produtividade online (onde se incluem processadores de texto e folhas de cálculo), mostrando que um números significativo de empresas está a aderir a uma tendência dos últimos anos no fornecimento deste tipo de aplicações.  

Algumas empresas, como o Google, têm vindo a disponibilizar aplicações de produtividade online, tipicamente cobrando um valor mensal ou anual, que varia consoante o número de utilizadores. Também a Microsoft – que domina o mercado destas ferramentas de produtividade – já tem versões online dos programas do Office, como o Word e o Excel. Numa outra medida para se aproximar das novas necessidades de utilizadores, que usam cada vez mais dispositivos móveis como tablets e smartphones, a Microsoft anunciou nesta quinta-feira que a versão do Office para iPad será integralmente gratuita. 

Ainda no que diz respeito ao uso de serviços online, praticamente metade recorre a soluções na Internet para armazenar ficheiros: 49% afirmaram usar os chamados serviços de computação em nuvem para esta finalidade. 

Segundo o inquérito do INE, o uso da Internet está já generalizado, após anos de adopção crescente, com 95% das empresas a terem uma ligação de banda larga. Dois terços referem ter serviços de Internet móvel.

Artigo actualizado: o título e o primeiro parágrafo foram revistos para reflectirem o facto de o INE classificar como redes sociais sites como o YouTube e ferramentas como blogues. 

Artigo corrigido a 9.12.2014: O texto indicava, erradamente, que 36% das empresas com dez ou mais pessoas recorriam a aplicações de produtividade através de serviços de computação em nuvem. Na verdade, apenas 13% das empresas recorrem a serviços de computação em nuvem e, destas, 36% usam ferramentas de produtividade.