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O caos de betão do Mar Negro

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"Uma vez que toda a União Soviética ia descansar nos 'resorts' do Mar Negro, os turistas soviéticos deixaram lá arquitectura soviética, mentalidade e sentimento", escreve Rafal Milach na sinopse da exposição "Black Sea of concrete" ("Mar Negro de betão", em português). O fotógrafo polaco que, durante mais de dez anos, trabalhou sobre questões de transição em países de língua russa, viajou até Alushta, nas margens do Mar Negro, para conhecer as pessoas que lá vivem. "O betão é como um pouco de consciência na paisagem de fábula do Mar Negro. Lembra-nos de que as mudanças só se dão lentamente (…) Apenas alguns anos de passaram desde a Revolução Laranja e as pessoas já perderam a esperança no seu sucesso, para que possam ter uma melhor situação. Estão confusas e cansadas de caos político", reflecte Milach. 


Durante as próximas semanas o P3 apresenta alguns dos projectos que fazem parte da 24.ª edição dos Encontros da Imagem. O evento, este ano dedicado ao tema "Fé e Esperança", decorre de 18 de Setembro a 31 de Outubro, em Braga.