Presidente da AICEP defende que redução do IRS é uma medida de racionalidade económica
O ex-deputado do PSD participou no Fórum Empresarial do Algarve, que reúne empresários em Vilamoura
Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, agência para o investimento e comércio externo de Portugal, defende que se deve “sinalizar” muito em breve uma redução do IRS e considera que não se trata de uma questão política mas sim de racionalidade económica. O economista e ex-deputado do PSD falava no Fórum Empresarial do Algarve, a decorrer em Vilamoura, organizado pelo Lide, uma plataforma que juntou cerca de centena e meia de empresas na iniciativa.
Defensor de longa data de um alívio da carga fiscal – mesmo quando exercia o mandato de deputado – Miguel Frasquilho veio engrossar o coro de vozes do CDS (e do PSD) que pedem uma redução do IRS em vésperas de apresentação do Orçamento do Estado para 2015. “No IRS, penso que se deve sinalizar logo que possível – dentro de muito em breve – uma redução, de molde a termos um motivo para manter por cá os melhores quadros e atrair quadros estrangeiros”, afirmou Miguel Frasquilho, no encerramento de um painel sobre competitividade e internacionalização da economia.
O Presidente da AICEP elogiou a reforma do IRC, sobretudo por reflectir estabilidade, fruto de um acordo válido para os próximos anos entre o actual Governo e o PS. “Ao nível do IRC já está, agora tem de ser ao nível do IRS. Não é uma questão política, é economicamente racional”, rematou.
A defesa da redução do IRS tem estado no centro da agenda político-mediática em boa parte ampliada pelo CDS e pelo seu líder Paulo Portas. O vice-primeiro-ministro, depois de falar aos empresários reunidos no Fórum, reiterou aos jornalistas a sua disponibilidade para chegar a um compromisso sobre impostos, com vista a compensar os portugueses e a classe média em particular pelo esforço dos últimos anos. Um discurso que se desvia do tom e da substância das palavras do primeiro-ministro. Passos Coelho disse, também nesta sexta-feira, ter dúvidas de que haja margem para baixar o IRS em 2015. Um dossier que Portas se recusa, para já, ver encerrado.