Autarcas de Miranda do Corvo e Lousã cautelosos quanto ao financiamento do Metro
Ainda não há conhecimento formal sobre a hipótese de a obra ser financiada com fundo comunitários.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado (PS), afirmou na terça-feira que o Governo lhe deu a garantia de que o projecto "terá acolhimento" no próximo quadro comunitário, podendo ter "acolhimento nas linhas do Programa Operacional Nacional e do Programa Operacional Regional".
Salientando que não tem conhecimento "formal" desta possibilidade, o autarca de Miranda do Corvo, Miguel Baptista (PS), disse à agência Lusa "ficar satisfeito se vier a concretizar-se o anúncio por parte do Governo".
"Miranda do Corvo defende que o financiamento, além de necessitar de ser assegurado, tem de permitir assegurar uma solução ferroviária para o Ramal da Lousã", sublinhou.
O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes (PS), ouvido também pela Lusa, referiu que "importa continuar a trabalhar e que o Governo crie as condições para o projecto ter continuidade", garantindo que o seu município "vai continuar a lutar pela sua concretização".
O deputado e líder do PSD de Coimbra Maurício Marques disse, na quarta-feira, ter também informação do Governo de que o Metro Mondego terá enquadramento nos Programas Operacionais Nacional e Regional.
Pedro Coimbra, presidente da Federação Distrital do PS de Coimbra, felicitou, também em declarações à agência Lusa, a posição do Governo, mas lamentou a decisão tardia, embora "bem-vinda e a tempo, depois de tantos avanços e recuos".
Para o Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, esta é mais uma promessa, depois de tantas outras.
A execução do projecto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo "tram-train" - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.
O Ramal da Lousã foi desactivado em Janeiro de 2010, estando concluído, no âmbito do projecto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.