As inscrições das broas estão abertas até esta sexta-feira, dez já estão inscritas e preparadas para concorrer ao melhor lugar. O regulamento só permite 20 participações no máximo. Até porque o júri tem de ter o estômago preparado para provar os exemplares a concurso e escolher a melhor broa que receberá 175 euros. O segundo lugar conquista 125 euros e o terceiro 100.

A broa caseira de Arouca merece todo o respeito na região e a câmara local não quer que a tradição amoleça e acabe por desaparecer. Daí o concurso que pretende estimular a produção desse pão para que não falte nas mesas arouquenses. “Queremos que a tradição seja preservada, dar continuidade a este produto para abastecer restaurantes, IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social], e a nossa feirinha dos produtos do campo”, adianta ao PÚBLICO Artur Neves, presidente da Câmara de Arouca que já foi júri do concurso que tem de concentrar as atenções no sabor, aroma, textura, aspecto, confecção.

Há uma broa especial em Arouca? “Claro que sim. É a broa tradicional de Arouca. Uma broa de milho fantástica que tem alguma farinha de centeio”, responde o autarca. E a melhor broa caseira de Arouca deste ano será conhecida a 26 deste mês durante a Feira das Colheitas - apresentada como o mais antigo certame em que a agricultura é a personagem principal. Este ano, a iniciativa celebra a 70.ª edição com várias actividades e outros concursos, nomeadamente a competição da raça arouquesa e uma prova de vinhos verdes. Não só de broa vive a Feira das Colheitas que começa a 25 e termina a 28 deste mês. Haverá petiscos ao lado do convento, no terreiro de Santa Mafalda, uma feira de artesanato internacional, exposições com fruta, gado e máquinas agrícolas em diversos espaços da vila. No sábado, dia 26, a feira termina com um concerto dos Buraka Som Sistema.