Tate Modern recebe meio milhão de pessoas para ver Matisse
Matisse: The Cut-Outs juntou pela primeira vez em 40 anos 120 peças de Matisse e tornou-se a exposição mais vista de sempre na Tate Modern.
Henri Matisse já aparecia na vista dos mais populares artistas da galeria londrina: a exposição mais visitada de sempre era, até à semana passada, Matisse Picasso, de 2002, sobre a obra dos dois pintores, com 467 mil entradas. Em segundo lugar estava a exposição de 2012 de Damien Hirst, o artista contemporâneo catalogado como o mais rico do mundo, continuando numa versão de superlativos. Matisse: The Cut-Outs, que começou em Abril e terminou a semana passada, levou mais de meio milhão de pessoas à Tate.
A exposição co-produzida pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) – onde estará a partir de Outubro para que depois as obras regressem às suas colecções – mostra o último período de criação do artista francês. De 1937 a 1954, ano em que morreu, Henri Matisse criou muitas obras através do recorte e colagem de papel, de que são bons exemplos os Nus Azuis, de 1962, ou O Caracol, de 1953, da colecção da Tate Modern.
“Das flores aos bailarinos, das cenas de circo e o famoso caracol, a exposição mostra um conjunto deslumbrante de 120 obras. Ousadas, exuberantes e muitas vezes com grandes dimensões, as colagens têm uma simplicidade envolvente e uma sofisticação incrível e criativa”, lê-se no site da Tate Modern sobre esta exposição
O recorte e colagem de papel previamente pintado com guache, na maior parte das vezes, foi a técnica que Matisse escolheu e reinventou quando, a chegar aos 70 anos, a sua saúde o impedia de pintar.
Com esta exposição, a Tate Modern ficou próxima de bater a exposição mais vista de sempre no Reino Unido: em 2012, David Hockney: a Bigger Picture, exposição na Royal Academy of Arts sobre a obra do pintor inglês do século XX, teve 600 mil visitas.