"Vamos reabrir no mês de Outubro a componente museológica já reabilitada, e com novas áreas; e no Dia Nacional do Mar, a 16 de Novembro, abrimos o novo espaço do Centro de Interpretação do Mar", adiantou José Maria Costa, em declarações à agência Lusa, em Lisboa, à margem do debate "Os Desafios da Regeneração Urbana".

O novo espaço terá "áreas temáticas que vão abranger a sustentabilidade dos oceanos, a protecção das espécies e sensibilização para a protecção do mar". De acordo com o autarca, o Gil Eannes ficará, assim, com "um espaço antigo museológico do hospital e um espaço do presente com um olhar para o futuro".

As obras de recuperação do navio foram interrompidas durante o mês de Agosto, altura em que "havia muita gente a visitar Viana do Castelo", tendo sido retomadas a 1 de Setembro. A transformação do navio em Centro de Mar, num investimento de 550 mil euros, arrancou em Abril deste ano e deveria ter terminado em Julho.

A intervenção na embarcação, que há 16 anos funciona como museu, incluiu a recuperação de camarotes e porões, permitindo "disponibilizar espaços que antes estavam fechados e que apresentam a história e a ligação de Viana do Castelo ao mar e à pesca do bacalhau".

Construído em 1955 nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), para apoiar a frota bacalhoeira portuguesa na Terra Nova e Gronelândia, o Gil Eannes foi resgatado da sucata, pelo município, em 1998. Desde então assumiu as funções de museu e recebeu mais de 650 mil visitantes.

Além do Centro de Mar e Centro Interpretativo Ambiental, o navio foi dotado de um percurso museológico e interpretativo sobre a cultura marítima de Viana do Castelo e de um Centro de Documentação Marítima.