António Costa foi “surpreendido” por fim dos brasões na Praça do Império
PSD disponível para encontrar “solução financeira”.
O PÚBLICO teve acesso a uma carta enviada por Gonçalves Pereira a António Costa, onde o vereador do CDS afirma sobre a carta que recebeu do presidente da Câmara: “Na referida resposta o senhor presidente da Câmara afirma-se 'surpreendido' com essa decisão, e revela que pediu 'informação' sobre a mesma ao vereador José Sá Fernandes e conclui dizendo que agendará a matéria na próxima reunião de Câmara.”
A discussão em reunião da Câmara servirá também para o PSD procurar encontrar uma solução para o problema. O presidente da concelhia do PSD de Lisboa afirmou este sábado à agência Lusa que o partido e a junta de freguesia de Belém estão "disponíveis para encontrar soluções financeiras" para manter os brasões na Praça do Império.
O jardim da Praça do Império, situado há 75 anos em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, agrega várias composições florais, como brasões dos distritos portugueses, a cruz de Cristo, o escudo português e canteiros com símbolos das ex-colónias, que já não são alvo de intervenções há cerca de 20 anos.
Contudo, enquanto a maioria destes trabalhos vão ser recuperados pela câmara, a autarquia anunciou na quarta-feira, que os brasões ultramarinos não seriam mantidos No total, são 24 brasões a receber intervenção e oito que não vão ser reparados.
O presidente da concelhia social-democrata, Mauro Xavier considera que o anúncio da autarquia está relacionado também com uma questão "economicista". Segundo o responsável, a manutenção daqueles oito brasões custa entre 15 a 20 mil euros por ano e tanto o PSD como a junta, também social-democrata, estão dispostos a suportar o encargo, através da contratação de uma empresa privada para tal tarefa.
Isto caso a câmara também esteja "disponível" para o aceitar, já que o jardim da Praça do Império é um dos três situados na freguesia de Belém que estão sob alçada do município por serem considerados estruturantes para a cidade, adiantou.
Salientando que "o património de Lisboa deve ser mantido", Mauro Xavier criticou ainda o facto de o vereador da Estrutura Verde, José Sá Fernandes, ter tomado uma "decisão unilateral" e de a câmara ainda não se ter pronunciado sobre o assunto.