Esta história de um casal de vampiros à toa num mundo contemporâneo, românticos perdidos num universo por demais materialista, combina sem esforço o humor em câmara lenta e a cinefilia pop-cultural a que Jarmusch nos habituou com um requinte formal absolutamente magistral. Confirma o pico de forma de um cineasta que parece, como alguns vinhos, melhorar com a idade - desde a obra-prima Ghost Dog que Jarmusch tem alinhado os seus melhores filmes, nos quais a câmara lenta de uma nobreza elegíaca de Só os Amantes Sobrevivem se inscreve instantaneamente. É um dos filmes do ano.
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