Wenger mais pressionado do que nunca na final de uma Taça de Inglaterra

Há 18 épocas no Arsenal, o treinador francês vê-se obrigado a vencer a competição depois de nove anos de jejum de títulos.

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A incerteza no resultado deixou Wenger com calor Glyn Kirk/AFP

Na temporada 1996-1997, Wenger entrou como um revolucionário, acabou com a fama de “futebol entediante” que o Arsenal ostentava e, logo na época a seguir, conquistou a Liga de Inglaterra e a Taça de Inglaterra. Nos anos subsequentes, o treinador orientou a equipa para mais três títulos na Taça, dois na Liga e ainda quatro na Supertaça inglesa. Um percurso exepcional, em que só faltou uma vitória numa competição europeia.

Porém, desde o último sucesso – nos penáltis contra o Manchester United na Taça de 2005 – a fonte da magia de Wenger  esgotou-se e o Arsenal vive um período de seca desde então. E, já esta época, Wenger voltou a saborear o travo da desilusão quando, no seu milésimo jogo a serviço dos “gunners”, sofreu uma goleada de 6-0, em casa, no derby londrino contra o Chelsea.

Neste sábado, nove anos depois de levantar a sua última taça, Wenger tem a possibilidade de voltar aos títulos. Apesar do treinador francês já ter confessado – quando acabou a Liga de Inglaterra no quarto posto e assegurou a 17.ª presença consecutiva dos "gunners" na Liga dos Campeões – o seu desejo de permanecer no clube na próxima época, resta saber se a direcção e a maior parte dos adeptos partilham da mesma opinião.

Daí a necessidade do triunfo na final deste sábado. Com o contrato a terminar este ano, uma derrota frente ao Hull City, equipa que acabou na 16.ª posição da Liga inglesa, pode vir a resultar numa insatisfação generalizada, visto que muitos consideram inaceitável o facto de uma grande formação inglesa estar há quase uma década sem títulos.

“Toda a pressão está no Arsenal”, assumiu Ray Parlour, médio formado pela equipa londrina.

Texto editado por Jorge Miguel Matias

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