Como era de se esperar, mal as luzes vermelhas se apagaram, os dois Mercedes foram lançados para a frente e só voltaram a ser vistos por vários monolugares (até ao sétimo posto) que tiveram o dissabor de levar uma volta de avanço. Numa luta interna, Hamilton e Rosberg só se ultrapassaram nas boxes e só se vieram a reencontrar-se no final da corrida quando, por menos de um segundo, Rosberg saiu derrotado.

A discrepância foi tão grande que a diferença do campeão para o terceiro lugar, numa corrida sem condições adversas, foi de 49 segundos. “É inacreditável pensar que conseguiríamos uma distância tão grande face a um Red Bull. A Mercedes e os engenheiros estão de parabéns”, exaltou Lewis Hamilton.

Pouco entusiasmante, quase todo o Grande Prémio foi marcado pela gestão de pneus e de combustível. É de salientar, neste aspecto, a estratégia adoptada por Ricciardo nas boxes, ao garantir a reconquista do terceiro posto, mesmo sem ter feito nenhuma ultrapassagem em pista, a não ser aos carros dobrados. “Fizemos uma boa corrida. É importante termos um carro no pódio, mas ainda temos um longo caminho a percorrer”, assumiu o australiano.

Prova disso tem sido também o início de época muito discreto de Vettel. Contudo, nesta corrida, o tetracampeão mostrou sinais de estar a voltar. Partindo do 15.º posto da grelha, em virtude de uma penalização na qualificação, o alemão conseguiu ultrapassar meio pelotão. Com “fome de pontos”, o tetracampeão mundial começou a sua série de ultrapassagens na volta nove, em cima de Gutiérrez, e só veio a parar na 64, quando foi superior a Vallteri Bottas e conquistou o quarto posto. Button, Massa, Magnussen, Grosjean, Raikkonen e Alonso foram outras das vítimas do seu frenesim.

Provavelmente o melhor duelo em pista foi proporcionado pela dupla da Ferrari. Depois de vários duelos, foi Fernando Alonso quem levou a melhor sobre o colega de equipa, Kimi Raikkonen, na 64.ª volta, com uma ultrapassagem que levou os espanhóis ao delírio e o deixou na sexta posição. Editado por Nuno Sousa

Classificações

GP de Espanha
1. Lewis Hamilton (Mercedes), 1h41m05,155
2. Nico Rosberg (Mercedes) a 0.6s
3. Daniel Ricciardo (Red Bull) a 49.0s
4. Sebastian Vettel (Red Bull) a 1m16.7s
5. Valtteri Bottas (Williams) a 1m19.2s
6. Fernando Alonso (Ferrari) a 1m27.7s
7. Kimi Räikkönen (Ferrari) a 1 volta
8. Romain Grosjean (Lotus) a 1 volta
9. Sergio Pérez (Force India) a 1 volta
10. Nico Hülkenberg (Force India) a 1 volta
11. Jenson Button (McLaren) a 1 volta
12. Kevin Magnussen (McLaren) a 1 volta
13. Felipe Massa (Williams) a 1 volta
14. Daniil Kvyat (Toro Rosso) a 1 volta
15. Pastor Maldonado (Lotus) a 1 volta
16. Esteban Gutiérrez (Sauber) a 1 volta
17. Adrian Sutil (Sauber) a 1 volta
18. Jules Bianchi (Marussia) a 2 voltas
19. Max Chilton (Marussia) a 2 voltas
20. Marcus Ericsson (Caterham) a 2 voltas

Mundial de pilotos
1. Lewis Hamilton (Mercedes): 100 pontos
2. Nico Rosberg (Mercedes): 97
3. Fernando Alonso (Ferrari): 49
4. Sebastian Vettel (Red Bull): 45
5. Daniel Ricciardo (Red Bull): 39

Mundial de construtores
1. Mercedes: 197 pontos
2. RedBull: 84
3. Ferrari: 66
4. Force India: 57
5. Williams: 46

Próximo GP Mónaco, a 25 de Maio