Membros da Cruz Vermelha sequestrados na Ucrânia foram libertados

Sete elementos da organização tinham sido detidos em Donetsk por suspeita de espionagem.

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Os confrontos entre o exército ucfaniano e os rebeldes têm-se multiplicado, o mais recente em Mariupol Marko Djurica/Reuters

“Foram detidos ontem. Sob suspeita de espionagem e essa acusação está actualmente a ser verificada”, confirmou à AFP o porta-voz adjunto da República de Donetsk, grupo separatista pró-russo, Kiril Roudenko.

A notícia da detenção dos membros da Cruz Vermelha foi avançada por um site local de informação, o Novosti Donbassa, mas tinha sido inicialmente desmentida à AFP por um outro elemento da República de Donetsk. Esta fonte confirmou que uma ambulância tinha sido apreendida por elementos pró-russos mas que não tinha informações que indicassem o sequestro de sete pessoas.

O Novosti Donbassa noticiou que a sede da Cruz Vermelha situada no centro de Donetsk foi atacada na noite passada por pessoas não identificadas. Entre as sete pessoas detidas estavam três voluntários vindos de Kiev, um cidadão francês e três habitantes de Donetsk. O site acrescenta que as sete pessoas se encontravam retidas nas instalações da administração regional na cidade ucraniana.

A Cruz Vermelha indicou, entretanto, à AFP que os seus elementos foram libertados. "segundo as últimas informações de que dispomos, foram libertados durante a madrugada, pelas 02h00", indicou fonte da organização, sublinhando que não se sabia a razão pela qual tinham sido detidos

O Comité Internacional da Cruz Vermelha em Genebra anunciou esta semana que tinha reforçado a sua presença em vários localidades ucranianas palco de tensões militares.

Os sequestros por rebeldes pró-russos têm-se repetido nas últimas semanas. Recentemente, um grupo de observadores militares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram detidos na cidade ucraniana de Slaviansk. Acabaram por ser libertados no início deste mês. Vários jornalistas ocidentais têm sido interpelados ou detidos por grupos armados pró-russos também sob a acusação de espionagem.

Os confrontos entre o exército ucraniano e os rebeldes continuam a fazer vítimas. Pelo menos três pessoas morreram na sexta-feira em Mariupol, no Leste da Crimeia, durante uma investida do exército para recuperar edifícios tomados pelos separatistas. O ministro do Interior, Arsen Avakov, anunciou a morte de 20 soldados.

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