Rússia testa mísseis balísticos na véspera do aniversário da vitória na II Guerra

Exercícios militares ocorreram na véspera das celebrações, esta sexta-feira, da vitória na II Guerra Mundial, a "grande guerra patriótica".

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Um lançador de mísseis intercontinentais Topol YURI KADOBNOV/AFP

Foi disparado um míssil balístico intercontinental de tipo Topol, a partir da base de Plesetsk, no Norte da Rússia, e “vários” outros de mais curto alcance, por submarinos das frotas do Norte e do Pacífico, segundo informações divulgadas pelas agências noticiosas russas.

Os exercícios incluíram o lançamento de mísseis ar-terra por bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95. Segundo a televisão  russa internacional RT foram também feitas demonstrações de utilização de mísseis, artilharia, aviação e defesa antiaérea.

As manobras foram supervisionadas no Centro Nacional de Controlo de Defesa por Vladimir Putin, acompanhado pelos presidentes de quatro países da antiga União Soviética, actualmente aliados de Moscovo: Bielorrússia, Arménia, Tajiquistão e Quirguízia.

“As nossas Forças Armadas são um garante fiável da soberania e da integridade territorial do nosso país. Têm um papel essencial na segurança mundial e regional”, disse Putin. “Todos puderam observar o alto grau de preparação e coesão das nossas forças estratégicas ofensivas e defensivas.”

O Presidente disse à televisão russa que os exercícios desta quinta-feira estavam previstos desde Novembro e que não têm relação com os acontecimentos na Ucrânia. Um relatório do ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, refere, porém, segundo a RT, que as ameaças à “segurança nacional” exigem que as Forças Armadas estejam prontas para a eventualidade de ser necessária uma resposta. O arsenal nuclear russo está em “alerta constante”, afirmou, citado pela AFP.

Os exercícios militares desta quinta-feira ocorreram na véspera das celebrações, desta sexta-feira, da vitória na II Guerra Mundial, comemorada como a "grande guerra patriótica". Para além das comemorações em Moscovo, Vladimir Putin tem prevista uma deslocação à Crimeia, península ucraniana anexada em Março pela Rússia. A data de 9 de Maio é frequentemente usada pelo Presidente russo para apelar ao patriotismo e à mobilização para o apoio às suas políticas.

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