Joe

Nem de propósito... Joe chega colado a Prince Avalanche, e os dois filmes de David Gordon Green aparecem colados à edição 2014 do IndieLisboa, festival que, nas intenções dos seus organizadores, quis precisamente descolar - do formato indie. Gordon Green é o retrato dessa coisa indie na versão cadáver. Dos seus filmes retira-se a sensação de imobilização: assemblage, para não conseguir fazer nada com os elementos, a não ser talvez um telefilme. Aqui, em que Nicolas Cage repete mais uma versão da sua amargura crística, como um ex-presidiário que encontra num adolescente de vida difícil o seu date com a redenção, é o southern gothic. Tem sido usado e abusado (com ou sem voz off malickiana) por uma série de realizadores norte-americanos nada independentes do já visto.

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