Paulo Macedo anuncia que orçamento da saúde será reforçado em 2015

Ministro da Saúde confirmou que o Serviço Nacional de Saúde não renovou o acordo que tinha com a Cruz Vermelha Portuguesa.

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Paulo Macedo Daniel Rocha

Paulo Macedo, que fala nesta quarta-feira na comissão parlamentar de Saúde, em resposta a uma pergunta do coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, sobre as contas do sector, sublinhou que "há muito mais dinheiro para a saúde do que o que foi retirado". O ministro lamentou, no entanto, que "este dinheiro é infelizmente para pagar dividas e o que herdámos".

O ministro confirmou ainda que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não renovou o acordo que tinha com a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) neste ano de 2014 e que também não o fará em 2015, pelo que já não estão a ser encaminhados doentes da área cardiotorácica para aquela unidade privada.

Nos últimos anos, os valores do protocolo com a CVP tinham vindo a cair de 21 milhões de euros em 2010, para 14 milhões em 2011 e 7,6 milhões de euros em 2012 e 2013.

Porém, no final de 2012, num despacho publicado em Diário da República, justificava-se a celebração do protocolo com o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa com a falta de capacidade instalada no SNS em áreas como cirurgia pediátrica cardiotorácica.

Agora, Paulo Macedo garantiu que o acordo chegou mesmo ao fim. "Não tencionamos celebrar em 2014 e 2015 qualquer acordo para a cardiotorácica", insistiu o ministro, dizendo que apenas estão interessados em avaliar protocolos para outras áreas de carência, como as colonoscopias.

Ainda na mesma comissão, Paulo Macedo aproveitou para anunciar, no âmbito dos cuidados de saúde primários, a abertura de mais 37 unidades de saúde familiar neste ano: 12 na região Centro, 12 em Lisboa, oito no Norte, três no Alentejo e duas no Algarve.

A presença do ministro na comissão parlamentar foi requerida pelo PCP com o objectivo de analisar as actuais políticas de saúde e reformas em curso, tendo os comunistas, o BE e o PS deixado várias críticas à nova portaria sobre a reforma hospitalar que prevê a reorganização e junção de serviços e valências.

Notícia actualizada às 12h42: Acrescenta que o orçamento da saúde será reforçado em 2015.

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