Mais de 40 homicídios na Bahia em dois dias de greve da polícia militar
Tropas do Exército brasileiro chamadas para patrulhar as ruas da região metropolitana de Salvador.
A polícia militar exige o aumento de gratificações, garantias de progressão na carreira, a atribuição da reforma a mulheres policiais com 25 anos de serviço e a separação do corpo de bombeiros. Estas duas últimas reivindicações foram aceites, mas o governador da Bahia, Jaques Wagner, afirma que não tem capacidade orçamental para responder aos pedidos de aumento. A paralisação continua em vigor apesar de ter sido considerada ilegal pelas autoridades judiciais da Bahia.
Para tentar minimizar os efeitos da greve na Bahia, foram mobilizados milhares de elementos do Exército para patrulhamento em Salvador e outros municípios. Entre oito mil tropas, segundo o G1, seis mil, de acordo com a edição online da Folha de São Paulo, estão nas ruas, apoiadas por várias dezenas de viaturas e helicópteros da Força Aérea.
Nos últimos dois dias, o crime tem aumentado naquele estado, segundo os principais jornais brasileiros. É na periferia da capital da Bahia, Salvador, que a situação se revela mais preocupante.
Segundo informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias, citadas pela Folha, pelo menos 44 pessoas foram mortas, incluindo dois elementos da polícia militar, vítimas de disparos à porta das suas casas.
Vários estabelecimentos comerciais têm sido saqueados, principalmente nos bairros da Calçada, Cosme de Farias e de Brotas, indica o G1, site e notícias de o Globo. Em pelo menos duas situações foram utilizados carros para arrombar as portas de lojas.
A edição online do Estadão lembra que esta é a segunda greve da polícia militar em dois anos na Bahia. Em 2012, e durante 12 dias, a paralisação ficou marcada pela ocupação da Assembleia Legislativa e pelo registo de mais de 100 homicídios.