João Quintela e Tim Simon ficaram entre os cinco finalistas do concurso internacional da Galeria de Arquitectura Alemã Weissenhof, que distingue jovens arquitectos quer pela obra construída quer pela abordagem conceptual ou estratégia arquitectónica, e que foi ganho pelo atelier romeno UNULAUNU.
A escolha da dupla (um arquitecto português e outro alemão) teve uma razão de ser e um nome: KAIROS. O Pavilhão KAIROS — a palavra que no grego antigo significa “momento oportuno” — foi edificado na LX Factory, em Lisboa, em 2012, com a intenção de ser um espaço "público, livre, e aberto à participação de trabalhos e propostas de arquitectos e artistas plásticos, pensados especificamente e de raiz".
Ao longo dos últimos meses, o pavilhão tem recebido intervenções de vários arquitectos e artistas nacionais e internacionais, quando existe, na óptica desta dupla, a necessária familiaridade entre quem expõe e o local onde se expõe.
Projecto muito sofisticado
O relatório do júri do concurso, presidido pelo arquitecto Valerio Olgiati, destacou o carácter "enigmático" da obra: "Contrariamente ao convencional espaço neutro do cubo branco, [o KAIROS] tem como único propósito desafiar o seu próprio uso ao receber intervenções de qualquer tipo para o transformar e, deste modo", acrescenta o júri, "estender a sua própria expressão no diálogo com outros autores.” O júri (desta 5.ª Edição do prémio de Arquitectura Weissenhof) considerou o projecto do pavilhão “muito sofisticado”.
Os projectos finais dos cinco escolhidos pelo júri serão expostos na Galeria Weissenhof, no bairro de Weissenhofsiedlung, em Estugarda, de 17 de Abril a 15 de Junho de 2014, num edifício construído na década de 20 sob orientação de Mies van der Rohe e onde se encontram projectos, entre outros, de Le Corbusier, Hans Scharoun, Peter Behrens ou Walter Gropius.