Portugal vai receber próxima cimeira luso-espanhola até ao Verão
Eliminação do roaming telefónico nas zonas de fronteira, "maior integração" dos agentes de protecção civil ou partilha de equipamentos de saúde são temas na agenda.
De acordo com José Maria Costa, que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo, a XXVII cimeira entre os governos de Portugal e de Espanha sucederá à de Madrid, em 2013, e deverá acontecer no início do verão no norte do país.
O líder da RIET reuniu-se esta terça-feira, em Viana do Castelo, com as duas delegações que integram a comissão luso-espanhola que prepara a realização da cimeira ibérica.
A eliminação do roaming telefónico nas zonas de fronteira e a definição de um plano de mobilidade nas zonas transfronteiriças, nomeadamente entre as eurocidades Valença/Tui e Chaves/Verín, foram algumas das propostas apresentadas às delegações dos dois países como assuntos a debater na próxima cimeira.
A "melhoria da interligação" dos correios dos dois países, nomeadamente pela eliminação das taxas internacionais entre Portugal e Espanha, uma "maior integração" dos agentes de protecção civil entre os dois lados da fronteira ou a partilha de equipamentos de saúde foram igualmente temas propostos pela RIET.
"Sabemos que neste momento há equipamentos que podem fazer essa função, foram pagos por fundos europeus e podem ser rentabilizados", disse, no final do encontro, José Maria Costa, manifestando a convicção de que a agenda da próxima Cimeira "incluirá várias" destas propostas.
A "promoção da ferrovia" nas ligações entre os dois países está igualmente definida como uma prioridade pela RIET para os próximos encontros bilaterais, nomeadamente a modernização da Linha do Minho, entre Nine e Valença, e pelas novas ligações Aveiro/Salamanca e Sines/Badajoz.
A RIET foi criada a 23 de Junho de 2009 por entidades de cooperação ao nível autárquico, visando, sobretudo, "dar um contributo" para a agenda das regulares cimeiras ibéricas e "para questões ligadas aos fundos comunitários" destinados à fronteira.
Integra atualmente 25 sócios, com mais de uma dezena de associações empresariais dos dois lados da fronteira, várias autarquias e outras instituições públicas. É por isso apelidada pelos seus dirigentes como o "maior lóbi de fronteira" da Europa.