"A cegueira do meu sogro está progressivamente a piorar de cada vez que o visito. Ele costumava olhar para mim, mas agora ele vê praticamente através de mim", conta a fotógrafa Julia Hullerton-Batten. Sonhos, memórias, experiências... Como é que alguém que nasceu cego constrói a sua identidade? Como é que constrói a realidade à sua volta? Será pior nascer cego ou perder a visão lentamente ao longo dos anos? Foram estas perguntas que motivaram a fotógrafa a iniciar a série de fotografias "Blind". Julia decidiu lançar um desafio aos seus modelos, pedindo-lhes que escolhessem um cenário onde gostassem de ser fotografados. Mais tarde, os fotografados descreveram a sua experiência do projecto e o porquê de escolherem aqueles cenários. Leia os depoimentos no site de Julia. Nuno Sousa Oliveira