Morreu Mário Coluna, o grande capitão do Benfica europeu

Médio internacional português não resistiu a uma crise cardíaca. Depois de Eusébio, o futebol português perde mais uma grande referência.

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Equipa Portuguesa que conquistou o terceiro lugar no Mundial 1966. Coluna é o segundo a contar da direita na fila de baixo DR

Coluna, uma referência para Eusébio e para uma equipa que se sagrou bicampeã europeia, chegou ao Benfica em 1954, cumprindo o jogo de estreia a 5 de Setembro, numa partida particular frente ao FC Porto. Seria o primeiro de um conjunto de 677 encontros disputados ao longo dos 16 anos em que representou os "encarnados".

O jogador, nascido na Ilha da Inhaca, em Moçambique, iniciou a carreira no Desportivo de Lourenço Marques, na altura filial do Benfica. Na chegada a Lisboa, teve no brasileiro Otto Glória o primeiro treinador, que começou por colocá-lo na frente de ataque. Seria, contudo, no miolo do meio-campo que Coluna haveria de se impor no Benfica e na selecção, coleccionando elogios pelos estádios por onde passava.

Muito competente na organização de jogo, dono de uma resistência acima da média e de um remate perigoso, o “capitão” (alcunha que foi resistindo ao tempo) foi uma das figuras de proa de um Benfica que conquistou duas Taças dos Campeões Europeus. De resto, marcou em ambas as finais (ao Barcelona, em 1961, e ao Real Madrid, em 1962) e marcou ainda presença em mais três (1963, 1965 e 1968).

Ao serviço da selecção nacional, realizou 57 jogos e apontou oito golos, tendo feito parte da geração dos Magriços, que brilhou no Mundial de 1966. A despedida dos relvados portugueses aconteceu no dia 8 de Dezembro de 1970, num jogo especial de homenagem, que contou com grandes craques internacionais, como Johan Cruyff ou Bobby Moore.

Na parte final da carreira, ainda cumpriu duas épocas no Olympique Lyon, em França (19 jogos, dois golos). Mas a verdadeira glória tinha-a vivido no Estádio da Luz, durante mais de década e meia.

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