Ianukovich é procurado por "homicídio em massa"

O Presidente foi visto pela última vez no domingo à noite na Crimeia.

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"Procurado", diz este cartaz com a cara de Ianukovich Yannis Behrakis/REUTERS

“Foi aberto um inquérito criminal por homicídio em massa de manifestantes pacíficos contra Ianukovich e vários outros responsáveis”, escreveu na sua página no Facebook Arsen Avakov, indicado pela oposição para chefiar o Ministério do Interior até à tomada de posse de um governo interino.  

Os últimos números oficiais apontam para 88 mortos, a maioria manifestantes, nos confrontos da última semana em Kiev. Quinta-feira, dia em que era suposto vigorar uma trégua, foi o dia mais sangrento, com dezenas de pessoas baleadas depois de os manifestantes terem investido contra a polícia. Vários vídeos amadores mostram os manifestantes a ser atingidos por disparos, alegadamente de snipers.

Ianukovich foi destituído pelo Parlamento no sábado, horas depois de ter abandonado Kiev. Numa declaração transmitida pela televisão ao final do dia assegurou que não pretendia demitir-se e declarava ilegais as acções do Parlamento, mas não é claro quando e onde foi feita a gravação.

No sábado, foi noticiado que estaria em Kharkov, cidade no Leste da Ucrânia, e já na manhã de ontem a guarda fronteiriça disse ter recusado autorização para que o avião em que ele viajava descolasse do aeroporto de Donetsk em direcção à Rússia.

Avakov escreveu, no entanto, que o Presidente destituído foi visto pela última vez a sair de uma residência em Balaclava, na península da Crimeia, tendo abandonado o local, na companhia de um assessor, num automóvel que seguiu para local desconhecido. Situada no Sudeste da Ucrânia, a Crimeia é uma região autónoma onde a maioria da população é de origem russa. Moscovo tem também ali, no porto de Sebastopol, uma das suas mais estratégicas bases navais, onde está fundeada a Frota do Mar Negro.

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