Chamada InSight – as iniciais em inglês de Exploração do Interior usando Investigação Sísmica, Geodésia e Transporte de Calor – a sonda tem lançamento previsto para Março de 2016 e deverá chegar a Marte seis meses depois.
A sonda deverá enviar dados sobre a formação de Marte e também sobre como a actividade tectónica e os impactos de meteoritos moldaram o planeta vermelho, tal como aconteceu na Terra. Devido à sua distância do Sol – é o quarto a contar da nossa estrela –, ao seu tamanho – tem cerca de 53% a massa da Terra – Marte teve os mesmos fenómenos geológicos de diferenciação no seu interior (separação em crosta, manto e núcleo) que a Terra. Mas estes processos não se sustentaram ao longo de milhares de milhões de anos como na Terra.
Para além do CNES, a NASA tem outros parceiros europeus na missão Insight, como o Centro Aeroespacial Alemão e as agências espaciais britânica e suíça (através da Agência Espacial Europeia (ESA), adianta a AFP.
Este acordo surge dois anos depois de a NASA ter acabado com uma parceria com a ESA num projecto denominado ExoMars, para a busca de sinais de vida – passada ou presente em Marte – justificando-se com falta de dinheiro. A missão europeia continuou com a participação russa e tem data prevista de lançamento para 2018. Inclui uma sonda orbital para detectar sinais de metano – um gás cuja presença constante na atmosfera poderá apontar a existência de vida microbiana – e um veículo robotizado na superfície.