As mãos portuguesas nos relógios suíços
Há fábricas e artesãos que trabalham em Portugal para as mais importantes marcas relojoeiras do mundo. Existe saber-fazer, alguma vontade e entusiasmo. Mas isso não chega para criar uma indústria.
Debruçada sobre a bancada, à luz forte de um candeeiro branco, uma operária examina uma peça metálica arredondada. Numa mão segura uma espécie de caneta que sopra ar. Na outra vai rodopiando a peça lentamente entre os dedos cobertos por dedeiras de látex. Vai soprando e rodando, soprando e rodando. À vista de uma qualquer imperfeição, pega numa caneta vermelha e aplica um ponto, minúsculo, mas muito mais discernível a um olho destreinado do que a falha que ela detectou.
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