O jogo grande da primeira jornada do Torneio das Seis Nações de 2014 não desiludiu ninguém. Numa partida intensa, cheia de reviravoltas no marcador, a França foi mais feliz e entrou com o pé direito na prova graças a um ensaio nos últimos minutos.

Pressionados por um dos piores anos da história do râguebi francês – apenas duas vitórias em 11 jogos em 2013 -, “les bleus” estavam sob enorme pressão frente aos ingleses. Para a equipa de Philippe Saint-André, uma derrota frente à Inglaterra hipotecava de imediato as aspirações na prova, para o seleccionador podia significar o princípio do fim no cargo.

E uma equipa que estava encostada às cordas não podia desejar melhor início: 30 segundos, ensaio de Yoann Huget, os franceses ganhavam novo folego Saint Denis. Em dificuldades, a Inglaterra ainda reduziu para 5-3, mas 11 minutos depois Huget aproveitou um brinde inglês para fazer o segundo ensaio da França.

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Em cima do intervalo, já com uma desvantagem inglesa de 13 pontos (3-16), Mike Brown resistiu à placagem de três franceses e relançou o jogo para a segunda parte: 16-8. Mesmo com enormes dificuldades nas formações-ordenadas, onde a França mostrou ser superior, a Inglaterra tinha maior domínio territorial e deu a volta ao marcador.

Com sete minutos da segunda parte, Luther Burrel imitou Brown, resistiu à defesa francesa e deu vantagem aos britânicos: 18-16. Seguiu-se um pontapé de ressalto de Danny Care e uma penalidade convertida por Machenaud, que mantiveram as duas equipas separadas por dois pontos, mas Alex Goode, aos 72’, somou mais três pontos para a Inglaterra e a França ficava a precisar de um ensaio para evitar a derrota.

E conseguiu-o: a menos de quatro minutos do fim, Szarzewski surgiu na linha de três-quartos francesa, assistiu Gael Fickou e o jogador do Toulouse garantiu à França a vitória que Philippe Saint-André tanto necessitava.