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Torneio das Seis Nações: uma luta a quatro

O pontapé de saída para a 120.ª edição da prova é dado neste sábado, no Millennium Stadium, em Cardiff

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Toby Melville/Reuters

País de Gales, Inglaterra, Irlanda ou França? A história recente do Torneio das Seis Nações tem mostrado que apostar num vencedor é dar um tiro no escuro e, neste ano, apenas os irlandeses parecem partir em ligeira desvantagem.

Mais seguro será prever que a Itália e a Escócia estão fora da luta pelo triunfo na competição de râguebi de maior prestígio do hemisfério norte e vão lutar pela fuga ao último lugar, mas é preciso não esquecer que, em 2013, a França terminou pela primeira vez o Seis Nações com a “colher de pau”.

Se a lógica prevalecer, o sucessor do País de Gales não será o País de Gales. Após quatro edições com quatro vencedores diferentes (Irlanda, França, Inglaterra e País de Gales), os galeses repetiram em 2013 o feito de ingleses e franceses de ganhar o Seis Nações por duas vezes consecutivas, mas desde que a Itália entrou na prova, em 2000, ainda ninguém conseguiu o “tri”.

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O XV galês não convenceu nos “test-matches” de Novembro, mas Warren Gatland terá toneladas de talento à sua disposição. Apesar do momento de forma menos positivo de Sam Warburton, jogadores como Leigh Halfpenny, George North, Alex Cuthbert ou Taulupe Faletau colocam qualquer adversário em sentido.

Na partida inaugural do torneio, frente à Itália, apenas uma hecatombe impedirá os galeses de vencer, mas na próxima semana, em Dublin, a conversa será outra.

Depois de dois segundos lugares consecutivos, a Inglaterra, de Stuart Lancaster, entrará no próximo sábado no Stade de France sob pressão. A partida dos ingleses em Saint-Dennis servirá para dissipar muitas dúvidas e um triunfo deixaria os britânicos na “pole position” para vencer o torneio – recebem em Londres o País de Gales e a Irlanda.

No entanto, continua a faltar experiência a uma equipa ainda em renovação após o desapontante Mundial 2011 e as feridas provocadas pela humilhante derrota em Cardiff no ano passado (3-30), ainda não estão totalmente cicatrizadas.

Sempre favoritos, os franceses são especialistas em deslumbrar num dia e cair no ridículo no seguinte e, mais um fracasso, pode colocar o futuro de Philippe Saint-André à frente da França em xeque. O histórico último lugar em 2013 foi apenas o princípio de um ano para esquecer dos gauleses, que terminaram o ano com apenas duas vitórias (Escócia e Tonga) em 11 jogos. Para complicar ainda mais o cenário francês, “les bleus” perderam o seu líder: Thierry Dusautoir está fora do Seis Nações devido a lesão.

A sempre combativa Irlanda tem a seu desfavor o calendário. Os irlandeses terão que jogar em Londres e em Paris, mas Healy, O'Connell, Heaslip, O'Driscoll, Sexton, Murray e companhia estiveram, há poucos meses, a poucos segundos de vencerem os All Blacks.

Para a Escócia e a Itália, os objectivos repetem-se: tentar vencer os jogos em casa e evitar o último lugar. Os italianos, porém, têm a vantagem de defrontar os escoceses em Roma.

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