O outing de Matthew McConaughey - uma outra “verdade” de actor, que terá começado a ter consequências a partir de Killer Joe, de William Friedkin - tem no homofóbico de O Clube de Dallas outro momento de eloquência. Continua a linhagem de personagens que não facilitam no pacto que poderão ou não estabelecer com o espectador: não procuram qualquer redenção. Que nas imagens iniciais apareça uma referência a Rock Hudson (a notícia da sua morte, vítima da Sida) e que a personagem de McCounaughey se vá tornando cada vez mais parecida com Hudson (nas imagens que se conhecem do actor, nos últimos tempos televisivos, quando a doença não era sequer nomeada), e que tudo isso aconteça sem qualquer apaziguamento das pulsões reaccionárias da personagem, diz algo sobre a ferocidade. E é claro que tudo à volta é cinematograficamente baço.
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