Professores contratados enviam dados para Comissão Europeia sobre precarização

Segundo a ANVPC, nos dois últimos anos, as escolas públicas passaram dos 30 mil para os 10 mil professores contratados.

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Ministério e sindicatos dizem que não haverá professores em mobilidade especial Fernando Veludo/NFactos/Arquivo

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ANVPC, César Israel Paulo, afirmou que a associação enviou os dados mais recentes relativos à precariedade docente de longa duração, números sobre as aposentações dos últimos anos e reforma curricular.

“Foram enviados todos os dados que mostram que Portugal mais do que tentar resolver o problema da precariedade docente tem realmente agudizá-lo de ano para ano”, sustentou.

As informações foram remetidas para o sector da Comissão Europeia (CE) que está a acompanhar as condições de trabalho dos professores que estão a contrato nas escolas públicas e que pediu ao Governo português para resolver esta questão.Segundo a Associação Nacional dos Professores Contratados, Portugal tem até ao dia 20 de Janeiro para enviar uma resposta à CE.

“Queremos que a CE tenha dados reais da dimensão do problema e possa compará-los com a resposta enviada por Portugal”, disse, adiantando que a associação está em contacto permanente com a CE e costuma enviar dados com o objectivo de “mostrar a forma como são tratados os professores no país, nomeadamente os docentes contratados”.

César Israel Paulo disse ainda que o problema dos professores contratados “agudizou-se nos últimos dois anos e mais recentemente com a reforma curricular, que “veio retirar dezenas de milhares de professores das escolas”.

Segundo a ANVPC, nos dois últimos anos, as escolas públicas passaram dos 30 mil para os 10 mil professores contratados.