"É um feito inédito e histórico porque nenhum português atingiu esta posição. Eu já estou há oito anos no top-100, venho sempre subindo de mês a mês, lentamente, mas ultimamente tenho evoluído mais: os resultados têm melhorado, tenho vencido jogadores do top-10 e top-20 mundial e daí o meu salto para número 15 do mundo", disse o madeirense, de 25 anos.

O atleta, que compete no AS Pontoise-Cergy, de França, diz que não vive obcecado em escalar lugares na lista dos melhores do mundo, mas apenas no que representa essa subida.

No ranking de Janeiro da Federação Internacional de Ténis de Mesa (ITTF), o português segue na 15.ª posição, com 2.412 pontos, a 39 pontos do 14.º, o chinês Hao Shuai.

"Não estou muito focado a pensar no ranking mundial. É óbvio que é importante subir no ranking porque mostra que estou a evoluir o meu jogo e a ter bons resultados, mas não estou a pensar no 14.º lugar, nem no 13.º nem no 10.º. Quero apenas continuar a fazer o meu trabalho, evoluir o meu jogo e se isso acontecer vou, sem dúvida, atingir o top-10 e quem sabe ainda mais", adiantou Marcos Freitas.

No topo da hierarquia estão cinco chineses (com Ma Long à cabeça), pelo que o português é o quarto melhor europeu da lista, atrás dos alemães Dimitrij Ovtcharov e Timo Boll e do bielorrusso Vladimir Samsonov.

Marcos Freitas considera que tem dado provas de que é capaz de jogar de igual para igual com qualquer atleta do mundo e o seu objectivo passa por continuar esse trajecto.

"O meu objectivo para agora - tem sido nos últimos tempos - é aproximar-me dos melhores atletas do mundo e bater-me com eles. Eu sou número 15: dos 14 que estão à minha frente já ganhei a seis ou sete e isso demonstra que consigo bater-me com qualquer jogador do mundo", frisou.

Entre 7 e 9 de Fevereiro, o madeirense e o também português Tiago Apolónia, 35.º do ranking mundial, participam, na cidade suíça de Lausana, no "Top12 Europeu", prova agora conhecida como Taça da Europa, que reúne os 12 melhores jogadores europeus e é o mais importante torneio de selecções no Velho Continente.

Atleta olímpico em Pequim 2008 e Londres 2012, Marcos Freitas não pensa para já nos Jogos do Rio de Janeiro de 2016, mas diz que quando chegar a altura vai querer disputar medalhas, tal como "nos Europeus e nos Mundiais".