Eanes presente na homenagem que lhe é dirigida a 25 de Novembro

Será lida uma mensagem de apoio do Conselho de Chefes de Estado-Maior, que destaca a acção do ex-Presidente e o seu papel na normalização das Forças Armadas.

O PÚBLICO sabe que o ex-Presidente da República tomou a decisão de comparecer, depois de ter ponderado, nos últimos dias, diversas soluções. Admitiu não estar presente, mas temeu que tal atitude pudesse ser interpretada como sinal de arrogância.

Será no final da iniciativa promovida por uma comissão cívica da qual constam, entre outros, os nomes de Artur Santos Silva, António Rendas, Belmiro de Azevedo, Bagão Félix, António Capucho, João Proença, Vasco Lourenço, Leonardo Matias e António Saraiva, que Ramalho Eanes fará a sua intervenção. Antes, Guilherme d'Oliveira Martins, Garcia Leandro e João Lobo Antunes falarão de Eanes como estadista, militar e cidadão.

Depois, António Barreto anunciará a criação do prémio Responsabilidade e Cidadania António Ramalho Eanes, um galardão bienal no valor de 50 mil euros com o patrocínio da Sonae, Mota-Engil, Silampos e Fercit. Para além de uma mesa-redonda com os jornalistas Henrique Monteiro, Fernando Dacosta e José Alberto Carvalho, moderada por Fátima Campos Ferreira, estava previsto o agradecimento ao testemunho pela voz do filho Manuel do antigo Presidente. A que se passam a somar as palavras de Eanes.

Durante a tarde de segunda-feira, serão lidas mensagens de apoio, entre as quais a do Conselho de Chefes de Estado-Maior, que representa os três ramos das Forças Armadas e é liderado pelo general Luís Araújo, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. Na missiva, os chefes dos três ramos, general Paiva Monteiro, do Exército, almirante Saldanha Lopes, da Marinha, e general Araújo Pinheiro, da Força Aérea, destacam o papel de Eanes na normalização das Forças Armadas após o 25 de Novembro de 1975, bem como a sua acção como Presidente da República.
 

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