FMI garante que negociações com a Grécia “não abrandaram”

Missão externa regressa a Atenas no início de Novembro.

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A Grécia tem um défice de financiamento próximo de 11 mil milhões em 2014 e 2015 Yorgos Karahalis/Reuters

A questão foi suscitada em conferência de imprensa em Washington, onde, segundo a AFP, Murray reforçou: “Sugerir que houve um abrandamento [nas negociações] não corresponde ao estado actual das coisas”. As negociações técnicas entre os representantes das três instituições da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e o Governo grego foram interrompidas no final de Setembro.

A tensão intensificou-se na semana passada quando o executivo de coligação veio dizer que não tem margem para aplicar mais medidas de austeridade para além do pacote de 4000 milhões de euros que já foi negociado com a troika para o próximo ano.

A missão externa receia que as medidas sejam insuficientes para o país cumprir um défice de 3% em 2014. E o ministro grego das Finanças, antevendo as exigências dos credores, referiu-se ao convívio com a missão externa nos próximos tempos como “um inferno”. E prometeu negociar “com firmeza”, esperando que, de parte a parte, haja “realismo” e “calma”.

A Grécia tem um défice de financiamento próximo de 11 mil milhões em 2014 e 2015, questão que o FMI garante que será revisitada na próxima avaliação regular. “Fomos claros sobre o facto de que [a missão] vai analisar o ‘buraco’ no financiamento para o próximo ano”, disse o porta-voz da instituição liderada por Christine Lagarde.
 

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