Tal como o microfone da rádio, a bicicleta é uma ferramenta natural no quotidiano de Ana Galvão. A locutora de rádio e apresentadora de televisão pedala diariamente para chegar ao trabalho, para as compras ou para transportar o filho. O comboio da linha de Cascais, onde transporta a bicicleta nos percursos até ao trabalho em Lisboa, é um aliado importante.
Ter conhecido a história do Paulo Guerra dos Santos, que viajou por Portugal de bicicleta durante 100 dias, foi a grande inspiração para Ana passar a considerar a bicicleta para se deslocar no seu dia a dia.
Inscreveu-se, esta semana, no Sexta de Bicicleta. Hoje não foi a primeira sexta-feira que levou a bicicleta para o trabalho, mas esta foi especial porque foi em conjunto com tantas outras pessoas que hoje levam a bicicleta consigo para as ruas.
O que muda na tua vida nas sextas-feiras em que levas a bicicleta contigo?
A boa disposição ao microfone, a inspiração de andar na rua no meio de centenas de pessoas. E uma evidente sensação de saúde.
Existem alguns mitos (sobre a utilização da bicicleta) que tenhas vencido?
Que se chega todo suado e esgotado. Não é verdade, se o trajecto se fizer, respeitando o nosso ritmo, até as subidas se fazem bem.
O que poderia melhorar nos percursos que realizas?
Evidentemente mais ciclovias. Lisboa tem zonas muito perigosas para se andar de bicicleta, sem alternativas.
Um momento em que te sentes mesmo bem a andar de bicicleta...
Nos fins de tarde de Verão. É impagável a sensação de vento quente sobre o nosso corpo.
Uma pessoa da praça pública que gostarias de ver a andar de bicicleta e porquê...
Os políticos (todos). Porque devem ser como os cidadãos comuns mas com a responsabilidade de mostrar como economizar e não poluir.
O que tens a dizer a quem diz que andar de bicicleta na sua cidade é impossível?
Que não é verdade. Que, com atenção e cuidado, e ao ritmo adequado para cada pessoa, é totalmente possível andar de bicicleta em Lisboa.
