PSD reconhece que OE é “extremamente duro”, CDS admite recessão
Já o CDS admitiu que os cortes de pensões e salários podem ter um “efeito recessivo”. Num ponto, os dois partidos da coligação estão de acordo: as medidas de austeridade não são novas, são conhecidas desde Maio passado.
Em reacção ao Orçamento do Estado para 2014, Miguel Frasquilho justificou as medidas de austeridade com a necessidade de cumprir os compromissos com a troika de credores internacionais, mas referiu propostas como a nova taxa sobre o sector bancário e a contribuição do sector energético como exemplos da repartição dos sacrifícios. Deixando uma “nota de esperança” de que o programa de assistência financeira se está a aproximar do fim, Frasquilho sublinhou que esta é a “única alternativa para o país” e não a opção do não pagar ou sair do euro.
Questionado sobre se estas medidas são compatíveis com o anunciado novo ciclo económico, o vice-presidente da bancada do PSD referiu os sinais positivos da economia nos últimos trimestres. “Não tenho razões para descrer que o crescimento positivo não acontece”, afirmou.
À questão de se as medidas de austeridade, como os cortes nas pensões e salários na função pública, podem ter um efeito recessivo, João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS, reconheceu o perigo. “Há sempre esse risco. É por isso que o Governo defendeu uma outra meta do défice para 2014”, respondeu. Um ponto também sublinhado por Miguel Frasquilho.
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