Basílio Horta coliga-se com PSD e CDU em Sintra
O PS elegeu no domingo quatro vereadores, os mesmos que o independente Marco Almeida. A coligação PSD/CDS/MPT tem dois e a CDU um.
A intenção foi confirmada ao PÚBLICO por Basílio Horta que justifica a necessidade de acordo com o facto de querer governar o município com “estabilidade”.
“Bastava-me o PSD, mas quero ir mais longe”, afirma o socialista, realçando, no entanto, que “o projecto de governação é o do PS, obviamente”, mas a “participação do PSD e da CDU alarga e enriquece esse exercício”.
Tradicionalmente, a CDU elege um vereador em Sintra, mas o partido vencedor costuma atribuir-lhe pelouros. Nos últimos mandatos assim sucedeu com Edite Estrela (PS) e com Fernando Seara (PSD).
O PÚBLICO tentou saber junto de Pedro Pinto, o cabeça de lista da coligação Sintra Pode Mais que juntou PSD, CDS-PP e MPT, que além de vice-presidente do PSD é deputado à Assembleia da República, para saber se tenciona assumir o seu lugar de vereador, mas não foi possível obter resposta.
“Sete vereadores é o número essencial para a gestão da câmara” e estarão todos a tempo inteiro. Porque, diz Basílio “a câmara municipal não é um local por onde se passa; é um sítio para trabalhar”.
Questionado sobre o facto de preferir a coligação de direita em vez de Marco Almeida – o vice-presidente de Fernando Seara que decidiu avançar como independente depois de o PSD ter recusado a sua candidatura e optar por Pedro Pinte -, Basílio Horta justifica que este fez sempre uma campanha “contra os partidos”, pelo que não fazia sentido coligar-se agora com um partido.
O PS ganhou as eleições autárquicas em Sintra por uma diferença de 1738 votos sobre o movimento independente Sintrenses com Marco Almeida. O PS registou 26,83%, Marco Almeida 25,42%. A coligação Sintra Pode Mais (PSD/CDS/MPT), liderada pelo vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, teve 13,79% da votação – com metade dos votos do PS -, e a CDU conseguiu 12,5%. O concelho registou uma abstenção de 59,58%.