Protesto de professores no Rio marcado por violência

Professores brasileiros manifestavam-se contra plano de carreira e remuneração, que foi aprovado na terça-feira.

Polícia e manifestantes ontem no Rio
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Polícia e manifestantes no Rio de Janeiro AFP
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Protesto dos professores junto ao Palácio do Governador AFP
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Manifestante atira pedras contra polícias Reuters
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Polícia protege-se dos manifestantes Reuters
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Distúrbios provocados por manifestantes infiltrados no protesto Reuters

A cidade amanheceu com restos da destruição provocada pela violência, segundo o jornal Globo, na sua edição online. Vasos de plantas partidos no meio da rua, cabinas telefónicas vandalizadas, entre outros vestígios.

Na véspera, alguns professores tentaram invadir uma sala do conselho municipal da cidade onde estava a ser votado um plano de carreira e remuneração rejeitado por eles. Gritavam: “Este Governo não serve para nada”, referindo-se ao executivo do estado do Rio de Janeiro. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo e balas de borracha.

Um grupo de mascarados infiltrou-se entre os professores e desencadeou o tumulto, informa o Globo, dando ainda conta de 17 detenções e diversos feridos. Vários activistas fizeram queixas nas esquadras contra a violência da polícia.

Os professores das escolas públicas geridas pelas autoridades municipais estão em greve há 46 dias, exigindo a retirada deste plano de carreira para retomar negociações. “Este plano de carreira só diz respeito aos que trabalham 40 horas por semana na mesma escola, que são uma minoria ínfima”, disse o professor de ginástica Daniel Raposo, de 28 anos. “Para fazer as nossas 40 horas por semana, somos obrigados a trabalhar em várias escolas”, completa o professor primário Marcos Antonio. “Já não aguentamos tantas humilhações, tanto desprezo”, diz ao Globo.

Já na véspera tinha havido confrontos violentos entre os cerca de mil professores e polícias – apareceu um grupo anarquista que atacou duas agências bancárias e uma empresa do antigo multimilionário Eike Baptista.

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