Seara satisfeito com "ponto final" do Tribunal Constitucional a uma "teia montada" contra autarcas

Candidato a Lisboa desafia actual presidente da câmara António Costa a debater "nos dias e lugares que entender, com os moderadores que escolher".

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Fernando Seara diz que 22 dias ainda é muito tempo para conquistar Lisboa José Sarmento Matos

Numa primeira reacção oficial ao acórdão do Tribunal Constitucional, conhecido quinta-feira à noite e que delibera que o limite de três mandatos é apenas territorial e não sobre a função, Seara considerou que, apesar da "teia" à volta dos "dinossauros", ainda vai a tempo de ganhar as eleições a 29 de Setembro. Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra há três mandatos consecutivos, tem assim o caminho livre para concorrer à autarquia da capital.

"Finalmente sei, finalmente sabemos, que a minha candidatura a Lisboa irá ser sufragada pelo eleitorado", afirmou. E não deixou de acrescentar que espera que "todos os que exigem respeito" pelas decisões do Tribunal Constitucional não se esqueçam agora de cumprir esse desígnio.

Seara criticou depois todos os que o tentaram "vergar": "Tudo tentaram. Providências cautelares, acções judiciais, campanhas difamatórias, para me vergarem e limitarem a capacidade de afirmação desta candidatura". Mas afirmou-se convicto na vitória: "22 dias é muito tempo, vamos lutar e vamos ganhar!"

Depois de uma breve declaração em que explicou os "condicionalismos" que enfrentou ao longo destes meses, depois da providência cautelar apresentada pelo Movimento Revolução Branca em Fevereiro, o autarca social-democrata disse que estas eleições não são para quem tem "medo". 

Assim, desafiou António Costa para "todos os debates, todos, nos dias e nos lugares que entender, com os moderadores que escolher".

E deixou críticas implícitas aos seus adversários, garantindo ao mesmo tempo que a eleição para a Câmara de Lisboa não servirá de trampolim para qualquer outro cargo político. "Não saltei de cargo em cargo durante a minha vida. Respeitei sempre os meus mandatos", afirmou Fernando Seara. 

 

 

 
 

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