Oprah lamenta ter dito que incidente em loja ocorreu na Suíça

Norte-americana diz ter sido alvo de discriminação quando tentou comprar uma mala numa loja de luxo em Zurique.

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Oprah recebeu um pedido de desculpas da autoridade do turismo suíça Fred Prouser/Reuters

Durante uma estadia em Zurique para o casamento da sua amiga Tina Turner, no mês passado, Oprah visitou a loja Trois Pommes. Pediu para ver uma mala em pele de crocodilo, no valor de 35 mil francos suíços (28 mil euros), e terá sido nessa altura que obteve uma resposta que considerou ofensiva por ter como base o facto de ser negra e na altura estar vestida de forma casual.

A funcionária que atendeu a norte-americana ter-lhe-á dito que não teria dinheiro para comprar a mala, recusando vender-lhe o artigo. O caso tornou-se polémico depois de Oprah ter contado o que aconteceu num programa de grande audiência nos Estados Unidos.

O gabinete de turismo suíço pediu desculpas pelo sucedido em nome do país. Já a proprietária da loja considerou que tudo não passou de um mal-entendido. Oprah não terá percebido que a funcionária da loja apenas lhe terá querido mostrar que havia a mesma mala noutros materiais, o que, na opinião de Trudie Goetz, terá dado a impressão de que a funcionária não queria vender-lhe o artigo.

Numa última reacção ao caso, Oprah, que falava à margem da estreia da sua mais recente produção, o filme The Butler, de Lee Daniels, lamentou que o incidente tenha chegado até ao Governo suíço. “Lamento muito que tenha sido empolado. Omiti propositadamente o nome da loja. Lamento ter dito que foi na Suíça”, disse aos jornalistas.

Oprah sublinhou que apenas relatou o caso como exemplo do que é estar “num local onde as pessoas não esperam que tenhamos capacidade para ali estar”.

A norte-americana, que segundo a revista Forbes ganhou no último ano cerca de 77 milhões de dólares (57 milhões de euros), diz que nunca pretendeu criticar directamente a Suíça ou mesmo a loja. “Foi apenas uma pessoa que não me quis dar a oportunidade de ver a mala, por isso não são necessárias desculpas por parte do país”. “Se alguém comete um erro nos Estados Unidos, pedimos desculpa em nome de todo o país? Não”, concluiu.

Notícia corrigida às 13h32: Alterado nome do filme produzido por Oprah.

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