Portugal representou apenas 1% na geração de resultados da instituição. A maior fatia dos lucros vem de países emergentes, com a América Latina a gerar mais de metade dos resultados (25% dos lucros provêm do Brasil).

A Europa representa 37% do resultado. A presença do grupo no Reino Unido permite-lhe ir buscar a este mercado 13%, mais do que em Espanha, que, apesar de ser a raiz do grupo financeiro, tem um peso reduzido (de 8%) no total dos lucros da instituição.

No mercado espanhol, onde o Banco Santander ganhou quota de mercado no último ano e meio, o banco registou entre Janeiro e Junho um aumento dos depósitos de 19%. O lucro, porém, baixou 27% em relação à primeira metade de 2012, recuando para 294 milhões de euros

Ao todo, o Santander apresentou nos primeiros seis meses deste ano um lucro próximo do resultado do conjunto do ano passado (2295 milhões de euros). Um resultado que, sublinha em comunicado o presidente do Banco Santander, Emilio Botín, representa “uma nova etapa de crescimento” nos lucros depois de dois anos de recuperação e reforço de capitais.

O banco explica o resultado com o facto de ter reduzido a necessidade de provisões, num quadro económico mundial de fraco crescimento. Nos mercados desenvolvidos, o grupo registou um crescimento de 6% nos depósitos e um recuo igual em créditos, havendo nos países emergentes uma “progressão mais equilibrada”, com um aumento de 12% nos depósitos e no crédito.

Em Portugal, os depósitos de clientes ascendiam a 23.577 milhões de euros no final de Junho (menos 0,8% do que no mesmo período do ano passado), enquanto o total de crédito a clientes se situava em 25.210 milhões de euros (menos 6,6%). Os resultados detalhados do banco do grupo em Portugal (Santander Totta) são apresentados na quarta-feira.