Loteamento permitirá alargar campus de Braga da Universidade do Minho
A operação, que estava a ser negociada com a construtora proprietária dos terrenos há mais de uma década, recebeu nesta quinta-feira um parecer positivo da parte do município. Cerca de um terço daquele espaço está destinado a novos equipamentos universitários e o restante para habitação e comércio.
A Câmara de Braga aprovou, por unanimidade, um protocolo entre o município, a Universidade do Minho e a empresa Soncal que estabelece as linhas gerais do acordo que vai permitir o loteamento da chamada Quinta dos Peões. A proposta aprovada revela a disponibilidade da autarquia para viabilizar a operação urbanística, que terá que ser aprovada formalmente antes de ser iniciada. A universidade também emitiu parecer positivo a uma operação da qual será uma das principais beneficiadas.
A proposta destina mais de 30 mil metros quadrados da Quinta dos Peões para a instalação de novos equipamentos daquela instituição de ensino superior. Mais de metade desse espaço servirá para acolher o novo centro de inovação e empreendedorismo. No local será ainda construído um centro de congressos, a sede da Associação Académica da Universidade do Minho e criados espaço para serviços da reitoria.
Ao todo, o projecto de loteamento da envolvente da Universidade do Minho prevê uma construção de mais de cem mil metros quadrados, criando um supermercado, áreas para comércio e sobretudo edifícios de habitação. A proposta que apresentada nesta quinta-feira na Câmara de Braga destina ainda 500 metros quadrados à criação de um jardim-de-infância.
O loteamento será da responsabilidade da construtora Soncal, mas não foram avançadas datas nem valores para a operação. Em causa estão os terrenos existentes em frente ao campus de Gualtar da Universidade do Minho, onde já foram instalados, nos últimos anos, um restaurante de uma cadeia de fast food e um hotel de cinco estrelas. A Quinta dos Peões é propriedade da Soncal, uma construtora que é gerida pelo empresário bracarense Domingos Névoa. No ano 2000, empresa, autarquia e universidade já tinham chegado a um acordo semelhante, que nunca se concretizou.