Professores de Geografia pedem acesso ao superior com base nas notas da 2.ª fase

Docentes criticam teor da prova que quase 20 mil alunos realizaram na primeira fase dos exames nacionais.

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Foram conhecidos neste fim-de-semana os resultados da 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior público Daniel Rocha

Em causa está o facto de a primeira fase de exames ter passado a ser obrigatória para todos e de a segunda ter ficado reservada a casos excepcionais em que os estudantes se viram impossibilitados de ir à primeira fase e aos alunos que pretendem subir a nota.

Aquela alteração fez com que os alunos que pretendem candidatar-se a cursos que têm, por exemplo, Geografia como prova de ingresso, passassem a ganhar muito pouco em melhorar a nota na segunda fase de exames. Isto porque o resultado obtido permite alterar a classificação interna, mas só pode ser usado na candidatura ao ensino superior na segunda fase, quando a maioria das vagas já estão preenchidas.

Hoje, Emília Sande Lemos, dirigente da APG, admitiu que “teria sido preferível” ter divulgado o apelo (que tem data de dia 12) a tempo de todos os alunos se poderem inscrever na segunda fase de exames. Explicou que, por um lado, “a associação pretendia que o comunicado chegasse ao Ministério da Educação e Ciência antes de ser tornado público”. “Por outro lado”, disse, não se lembrou “de o fazer antes”.

Caso o MEC acedesse ao pedido da APG, os alunos que foram à primeira fase de exames, em que a média baixou de 10,3 para 9,4 valores, ficariam em desigualdade de circunstâncias face aos que se inscreveram para a segunda fase. Isto, por terem duas oportunidades e por a segunda prova ser, segundo a APG, “acessível”. Algo que a dirigente admite mas pelo qual diz não se sentir “culpabilizada”: “Apenas quisemos ser pedagógicos e chamar a atenção para os problemas da prova da 1.ª fase”, sublinhou.

 

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